Material: Plasma c/ Edta RIA
Preparo:
Cuidados relacionados ao paciente:
1- A coleta das amostras devem ser feitas pela manhã;
2- O paciente deve estar em repouso por ao menos 30 minutos (preferencialmente com acesso venoso instalado para a coleta);
3- Paciente com ingestão adequada de sal;
4- Se possível, sem o uso das medicações abaixo 1 por no mínimo 2 semanas:
Medicações que interferem nos níveis de Aldosterna e Atividade de Renina:
– Anti – inflamatórios não hormonais (Aspirina, ibuprofeno, indometacina);
– Beta bloqueadores;
– Diuréticos poupadores de potássio (amilorida, espironolactona);
– Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) (captopril, enalapril entre outros);
– Diuréticos tiazídicos (clortalidona, hidroclorotiazida);
– Diuréticos de alça (Furosemida);
– Bloqueadores de canal de cálcio (nifidipina, felodipina);
– Laxantes (a maioria quando em uso excessivo);
OBS: A utilização da razão aldosterona/atividade de renina é menos suscetível as variações fisiológicas.
Interpretação:
A secreção de renina é regulada por um sensível sistema de feedback, que responde prontamente às alterações de volemia. Além da volemia, a produção de renina também sofre influência do sistema nervoso simpático, da concentração de sódio e de cloreto nos túbulos renais e da própria angiotensina II. A enzima decresce com a idade, apresentando-se relativamente elevada em recém-nascidos e na infância. Eleva-se ainda de forma significativa na primeira metade da gestação.
Indicações: Avaliação da hipertensão arterial; diagnóstico do hiperaldosteronismo primário; diagnóstico do hiperaldosteronismo secundário; diagnóstico dos tumores secretantes de renina; avaliação de hipotensão ortostática; diagnóstico de síndrome de Bartter; diagnóstico do hipoaldosteronismo hiporreninêmico.
Interpretação clínica: Está suprimida no hiperaldosteronismo primário (HAP). A fim de aumentar a sensibilidade , o teste de triagem recomendado para o diagnóstico do HAP é a relação aldosterona/APR, que costuma ser denominada relação aldosterona/renina (RAR), com a aldosterona dosada em ng/dL e APR em ng/ml/h. Em um estudo realizado por nós na DASA o ponto de corte da relação Aldo/ARP com melhor sensibilidade clínica – 90% – foi de 21 e a especificidade foi de 75%. Pontos de corte maiores, de até 50, têm maior especificidade têm sido utilizados por alguns autores. Esta é uma questão relevante, por ser este um teste de triagem. Se, por um lado, pontos de corte muito elevados deixam escapar casos patológicos, outros muito baixos podem implicar na realização de vários outros exames desnecessários. O ponto de corte de 30 é o recomendado por Katter.
Sugestão de leitura complementar:
Funder JW, Carey RM, Fardella C, Gomez-Sanchez CE, Mantero F, Stowasser M, Young Jr WF, Montori VM. Case detection, diagnosis, and treatment of patients with primary aldosteronism: Na endocrine society clinical practice guideline. J Clin endocrinol Metab 2008; 93 (9): 3266-81
Kater CE. Hiperaldosteronismo primário. Arq Bras endocrinol Metab 2002; 46 (1): 106-15
Coleta:
*As amostras em sangue não devem ser resfriadas por muito tempo a temperatura de 4ºC ou inferior (antes da centrifugação).
*As amostras devem ser centrifugadas em até 1 hora após a coleta
1- As coletas das amostras devem ser realizadas exclusivamente em tubos com EDTA.
2 – Homogeneizar de 8 a 10 vezes por inversão;
3 – Centrifugar o tubo em temperatura ambiente à 3200 rpm por 12 minutos;
4 – Separar o plasma para um tubo de transporte e efetuar o congelamento imediatamente à -20 ºC;
5 – Envio do plasma congelado (sem oscilação de temperatura).