Material: Urina 24h
Preparo: Entregar frasco para coleta.
Interpretação: Indicações: Avaliação de distúrbios hidroeletrolíticos (normalmente associada a hipocalcemia e hipopotassemia), alterações da absorção intestinal, pancreatite, insuficiência renal e monitoramento do tratamento com magnésio durante a toxemia gravídica. Os níveis de magnésio devem ser avaliados durante o tratamento de longa duração com medicamentos que diminuem os níveis deste elemento como a cisplatina, anfotericina B, aminoglicosídeos e furosemida. Também deve ser avaliado na suspeita de hipoparatireoidismo, já que sua deficiência está relacionada à diminuição da secreção e ação do paratormônio.
Na presença de hipomagnesemia, sintomas neurológicos e gastrointestinais nem sempre são acompanhados de dosagens baixas de magnésio sérico. Níveis normais ou apenas marginais podem ser detectados em pacientes sintomáticos. Nestes casos a determinação do magnésio intraeritrocitário ou magnésio urinário apresentam maior sensibilidade.
Interpretação clínica:
Dentre as causas mais comuns de diminuição do magnésio estão o alcoolismo agudo, as perdas gastrointestinais (uso abusivo de laxantes e vômitos) e as perdas renais (diuréticos, necrose tubular, acidose tubular renal). A hipomagnesemia pode causar hipocalcemia e hipopotassemia, que levam a sintomas neurológicos e eletrocardiográficos, que ocorrem quando a depleção de magnésio chega a um nível sérico em torno de 1,0 a 1,2 mg/dL. Deficiências severas estão ligadas a disfunções neuromusculares, como tetania, convulsões, fraqueza, irritabilidade e delírio. Níveis baixos de magnésio, após um infarto do miocárdio, podem indicar um mau prognóstico. A hipermagnesemia tem como causa mais comum a iatrogenia (antiácidos contendo magnésio, enemas com magnésio, intoxicação por lítio, nutrição parenteral) e a insuficiência renal aguda ou crônica. Os efeitos adversos aparecem com valores superiores a 3,0 mg/dL. O magnésio sérico pode permanecer normal mesmo quando existe uma depleção de até 20% das reservas corpóreas.
Níveis aumentados de magnésio na urina ocorrem no alcoolismo, como uso de diuréticos, na síndrome de Bartter, na glomerulonefrite crônica, no hiperaldosteronismo e durante a terapia dom determinadas drogas como ciclosporina, tiazídicos e corticosteróides. Níveis diminuídos podem ser encontrados nas dietas pobres em magnésio, em doenças que cursam com mal absorção do mineral e quando há decréscimo da função renal.
Sugestão de leitura complementar:
Proceedings and abstracts of the 12th International Magnesium Symposium, 22-25 September 2009, Iasi, Romania. Magnes Res 2009; 22(3): 157S-220S
Smogorzewski MJ, Rude RK, Yu ASL. Disorders of Calcium, Magnesium, and Phosphate Balance. In: Taal: Brenner and Rector’s The Kidney, 9th Ed, Saunders, 2011.
Coleta: Urina de 24 horas. Manter em refrigerador.
Anotar volume total. Separar alíquota de 5 mL e enviar em Tubo de Transporte.