Material: liquido pleural
Preparo: *Anotar cor, aspecto, pH, densidade.
* Realizado por médico e/ou assistente.
*Utilizar frasco estéril (tubo falcon)
Interpretação:
Uso: diagnóstico diferencial entre transudato e exsudato, neoplasias e infecções bacterianas.
O espaço pleural encontra-se entre o pulmão e a parede torácica, normalmente contendo uma finíssima camada de líquido. Este espaço serve como sistema de acoplamento entre o pulmão e a parede torácica. A membrana serosa que reveste o parênquima pulmonar chama-se pleura visceral, enquanto a que reveste a parede torácica, o diafragma e o mediastino é denominada pleura parietal. O paciente apresenta derrame pleural quando se acumula excesso de líquido no espaço pleural.
Os derrames tipo transudato e exsudato são diferenciados pela dosagem de LDH (desidrogenase lática ) e pelo teor protéico do líquido pleural. Os derrames exsudatos atendem a pelo menos um dos seguintes critérios, ao passo que os transudatos não atendem a nenhum deles.
Proteínas do líquido pleural/proteína sérica >0,5.
LDH do líquido pleural/LDH sérica >0,6.
LDH do líquido pleural mais dois terços acima do limite superior normal do soro. Se o paciente tiver derrame pleural exsudativo, as seguintes provas devem ser solicitadas: glicose, amilase, contagem celular diferencial, estudos microbiológicos e citologia.
Sinônimos: Avaliação citológica de líquidos.
Indicação: Auxilia no diagnóstico diferencial de inflamações e infecções do sistema nervoso ou que produzem derrames.
Interpretação clínica: A contagem global e específica de células tem valor limitado no auxílio do diagnóstico diferencial. Líquido pleural: Acima de 1.000 células são encontrados nos exsudatos. O predomínio de neutrófilos ocorre em 90% dos casos de pneumonia, infarto pulmonar e pancreatite. Dez por cento dos transudatos apresenta predominância de polimorfonucleares. Nas inflamações crônicas como tuberculose, lúpus eritematoso sistêmico, linfoma, uremia e artrite reumatóide, há predomínio de linfócitos. A eosinofilia ocorre em processos inespecíficos, como pneumotórax, traumas, derrames pós-operatórios, infarto pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva, doenças parasitárias, infecções por fungos e síndromes de hipersensibilidade.
Sugestão de leitura complementar:
Viral MB, Santwani PM, Vachhani JH Analysis of Diagnostic Value of Cytological Smear Method Versus Cell Block Method in Body Fluid Cytology: Study of 150 Cases. Ethiop J Health Sci 2014; 24(2): 125-31.
Hjerpe, Ascoli V, Bedrossian G, et al. Guidelines for cytopathologic diagnosis of epithelioid and mixed type malignant mesothelioma. Complementary statement from the International Mesothelioma Interest Group, also endorsed by the International Academy of Cytology and the Papanicolaou Society of Cytopathology. Cytojourna. 2015; 12: 26-44.
Hui AY, McCarty WJ, Masuda K, et al. A Systems Biology Approach to Synovial Joint Lubrication in Health, Injury, and Disease. Wiley Interdiscip Rev Syst Biol Med 2012; 4(1): 15-37.
Peggy S Sullivan, Jessica B Chan, Mary R Levin, Jianyu Rao. Urine cytology and adjunct markers for detection and surveillance of bladder cancer. Am J Transl Res. 2010; 2(4): 412-40.
Travis WD, Brambilla E, Noguchi, et al. International Association for the Study of Lung Cancer/American Thoracic Society/European Respiratory Society International Multidisciplinary Classification of Lung Adenocarcinoma. J Thorac Oncol 2011; 6(2): 244-85.
Coleta: Anotar cor, aspecto, pH, densidade. Coleta por médico e/ou assistente.
Encaminhar a amostra em Tubo Falcon Estéril de 15 mL, garantindo a inocuidade da amostra