Material: Cong. Citrato Plasma
Método: *Jejum não necessário.
*Anotar os medicamentos em uso;
INTERFERENTES: Antibióticos, anticoagulante orais, heparina, epinefrina, contraceptivos orais, estreptoquinase.
Interpretação:
A deficiência de fator XI é transmitida por herança autossômica recessiva, afetando homens e mulheres. É mais rara que as hemofilias A e B, apresentando prevalência em 5% de judeus Ashkenazy. Quando adquirida, a principal causa insuficiência hepática, ou anti fator XI, que são raros .
Indicação: Diagnóstico de deficiência do fator XI; investigação de TTPA prolongado.
Interpretação clínica: Não existe correlação precisa entre o nível de atividade do fator XI e a manifestação hemorrágica.
Sugestão de leitura complementar:
Bolton-Maggs PH, Patterson DA, Wensley RT, et al. Definition of the bleeding tendency in factor XI-deficient kindreds–a clinical and laboratory study.Thromb Haemost. 1995; 73(2):194-202.
Francillon C, Knecht H, Winkel L, et al. Hemophilia C, a deficiency of a contact phase protein which may involve a risk of hemorrhage. Schweiz Med Wochenschr 1992;122(10):351-3.
Coleta: *Obter sangue por punção venosa e evitar garroteamento por mais de 01 minuto, hemólise, formação de bolhas e aspiração de líquido tissular. A agulha deve penetrar diretamente na veia na primeira tentativa (punção NÃO traumática). O sangue deve fluir livremente sem que seja necessário aplicar demasiada força ao êmbolo. Não realizar o teste em amostra cuja punção for difícil (punção traumática);
*Preferencialmente coleta a vácuo (agulha com calibre 19 a 22);
* O uso de material de vidro não siliconizado pode alterar falsamente os resultados. Após remover a agulha, utilizar a porção central da amostra na seringa, usando as porções anterior e posterior para outros testes;
*No caso de sistema de coleta a vácuo, usar tubo de plástico ou vidro siliconizado (menor lesão, menos contaminação e evita formação de coágulos in vitro);
*Ao realizar coleta para testes da coagulação para execução remota (outro laboratório – apoio), o tubo de citrato deve ser o SEGUNDO na ordem de coleta dos tubos. Pode ser após o frasco de hemocultura ou do tubo de descarte sem aditivo, na falta destes coletar um tubo de citrato para descarte.
*Obs: Não colher antes do citrato, ou utilizar como descarte tubos sem anticoagulante contendo ativadores de coágulos. É muito importante que o tubo de citrato seja coletado antes do tubo de EDTA. Se houver apenas exames de coagulação, o primeiro tubo deve ser descartado.
*A proporção sangue/anticoagulante deve ser exatamente de 9:1 (9 partes de sangue para 1 de anticoagulante – citrato 3,2% tamponado);
*Homogeneizar a amostra por inversão suave de 5 a 8 vezes (a falha na homogeneização adequada do sangue em tubos com anticoagulante precipita a formação de microcoágulos).
* A amostra deve ser centrifugada imediatamente após coleta por 15 minutos a 3000 rpm; * SEPARAR o plasma com cuidado para não misturá-lo com o sedimento.
* Deixando sempre uma parte da amostra para não pipetar o sedimento (plaquetas/leucócitos);
* Repetir esse processo de centrifugação e transferir novamente o sobrenadante para outro tubo de transporte (esse procedimento deve ser realizado para obtenção de um plasma pobre em plaquetas inferior a 10000/mm³);
* Volume mínimo para ser encaminhado é de 2,0 mL;
*Congelar o plasma imediatamente após a centrifugação;
*Manter a amostra congelada durante o armazenamento e transporte;
* As amostras deverão chegar ao local do destino ainda congeladas, sendo mantidas assim até o momento da análise. As amostras não podem ser recongeladas, interferindo diretamente nos fatores de coagulação, levando a resultados incorretos.
* Amostras que apresentam fibrina e ou coágulos NÃO são adequadas para o envio.