Material: Cong. Citrato Plasma
Método: *Jejum não necessário.
*Anotar os medicamentos em uso;
INTERFERENTES: Antibióticos, anticoagulante orais, heparina, epinefrina, contraceptivos orais, estreptoquinase.
Interpretação:
A deficiência congênita de fator X tem herança autossômica recessiva e é rara. Entre as causas de deficiência adquirida estão anticorpos contra o fator X, deficiência de vitamina K, anticoagulação oral, insuficiência hepática e amiloidose.
Indicação: Diagnóstico de deficiência congênita e adquirida de fator X; avaliação de tempo de protrombina e/ou de tempo de tromboplastina parcial ativada prolongados; avaliação da função.
Interpretação clínica: O diagnóstico é baseado nos tempos prolongados de protrombina, tromboplastina parcial ativada e de veneno de víbora Russell e em níveis reduzidos do FX. Está disponível o teste genético. O diagnóstico diferencial inclui deficiências dos fatores II, V, VII, VIII, IX, XI, XIII ou deficiências adquiridas no FX.
Sugestão de leitura complementar:
Girolami A, Vettore S, Scarparo P, Lombardi AM. Persistent validity of a classification of congenital factor X defects based on clotting, chromogenic and immunological assays even in the molecular biology era. Haemophilia 2011;17(1):17-20.
Künzer W, Hirsch J. The activity of the Stuart-Prower factor (factor X) in infants.
Ann Paediatr 1965;205(4):285-8.
Coleta: *Obter sangue por punção venosa e evitar garroteamento por mais de 01 minuto, hemólise, formação de bolhas e aspiração de líquido tissular. A agulha deve penetrar diretamente na veia na primeira tentativa (punção NÃO traumática). O sangue deve fluir livremente sem que seja necessário aplicar demasiada força ao êmbolo. Não realizar o teste em amostra cuja punção for difícil (punção traumática);
*Preferencialmente coleta a vácuo (agulha com calibre 19 a 22);
* O uso de material de vidro não siliconizado pode alterar falsamente os resultados. Após remover a agulha, utilizar a porção central da amostra na seringa, usando as porções anterior e posterior para outros testes;
*No caso de sistema de coleta a vácuo, usar tubo de plástico ou vidro siliconizado (menor lesão, menos contaminação e evita formação de coágulos in vitro);
*Ao realizar coleta para testes da coagulação para execução remota (outro laboratório – apoio), o tubo de citrato deve ser o SEGUNDO na ordem de coleta dos tubos. Pode ser após o frasco de hemocultura ou do tubo de descarte sem aditivo, na falta destes coletar um tubo de citrato para descarte.
*Obs: Não colher antes do citrato, ou utilizar como descarte tubos sem anticoagulante contendo ativadores de coágulos. É muito importante que o tubo de citrato seja coletado antes do tubo de EDTA. Se houver apenas exames de coagulação, o primeiro tubo deve ser descartado.
*A proporção sangue/anticoagulante deve ser exatamente de 9:1 (9 partes de sangue para 1 de anticoagulante – citrato 3,2% tamponado);
*Homogeneizar a amostra por inversão suave de 5 a 8 vezes (a falha na homogeneização adequada do sangue em tubos com anticoagulante precipita a formação de microcoágulos).
* A amostra deve ser centrifugada imediatamente após coleta por 15 minutos a 3000 rpm; * SEPARAR o plasma com cuidado para não misturá-lo com o sedimento.
* Deixando sempre uma parte da amostra para não pipetar o sedimento (plaquetas/leucócitos);
* Repetir esse processo de centrifugação e transferir novamente o sobrenadante para outro tubo de transporte (esse procedimento deve ser realizado para obtenção de um plasma pobre em plaquetas inferior a 10000/mm³);
* Volume mínimo para ser encaminhado é de 2,0 mL;
*Congelar o plasma imediatamente após a centrifugação;
*Manter a amostra congelada durante o armazenamento e transporte;
* As amostras deverão chegar ao local do destino ainda congeladas, sendo mantidas assim até o momento da análise. As amostras não podem ser recongeladas, interferindo diretamente nos fatores de coagulação, levando a resultados incorretos.
* Amostras que apresentam fibrina e ou coágulos NÃO são adequadas para o envio.