Material: meio de transporte (Abbott)
Preparo:
* Realizado em urina, esperma, secreções: endocervical, vaginal, uretral e ocular.
* O paciente não deve ter urinado por, pelo menos, uma hora antes da coleta da amostra.
*Interferentes: presença de muco ou sangue em excesso
Interpretação:
Infecção por Chlamydia trachomatis é reconhecida como causa importante e de alta incidência dentre as doenças sexualmente transmitidas (DST). A presença de Chlamydia pode estar associada a casos de infecções cervicais, doença inflamatória pélvica, conjuntivite infantil, pneumonia, uretrite e epididimite. É a causa mais comum de uretrite não gonocócica masculina e com severas consequências em mulheres. É também a causa mais frequente de infertilidade, tanto em homens como em mulheres, podendo muitas vezes aparecer após infecções maltratadas ou mal diagnosticadas.
A amplificação do DNA bacteriano por reação em cadeia da polimerase (PCR) é procedimento com boa sensibilidade, especificidade e valor preditivo, sendo que a sensibilidade analítica da amplificação do DNA é comparada com a sensibilidade da hibridização específica do rRNA clamídico ou com o método de Captura Híbrida. Os testes moleculares oferecem as vantagens da presença de controles internos, que tornam os resultados altamente confiáveis e podem ser utilizados tanto para amostras de urina como swabs de homens e mulheres, permitindo o rastreamento em pacientes assintomáticos de alto risco, por método não invasivo e de baixo custo. A utilização de swabs cervicais permanece necessária em pacientes grávidas, para assegurar a detecção de infecções cervicais ou vaginais na ocasião do parto. A pesquisa do DNA bacteriano por Captura Híbrida também apresenta excelente sensibilidade e especificidade, além de permitir a coleta única para o diagnóstico de infecções por Chlamidia trachomatis, Neisseria gonorrhoea e Papilomavírus Humano.
Sinônimos: PCR para Chlamydia e Captura híbrida para Chlamydia, Detecção de Chlamydia por Biologia molecular
Indicações: Por sua apresentação oligossintomática ou assintomática e ausência de critérios específicos para o diagnóstico clínico, a infecção por C. trachomatis torna obrigatório o diagnóstico laboratorial em quase todos os casos. Os testes de biologia molecular são os testes de escolha para o diagnóstico de infecção por Chlamydia trachomatis. Eles são mais sensíveis e específicos que os testes sorológicos.
Interpretação clínica: O resultado positivo indica infecção pelo agente. A sensibilidade está entre 88 e 92 % enquanto a especificidade varia de 99 % a 99 %.
Sugestão de leitura complementar:
Cheng H. Relative accuracy of nucleic acid amplification tests and culture in detecting Chlamydia in asymptomatic men. J Clin Microbiol. 2001 Nov; 39(11):3927-37.
Seadi CF, Oravec R, von Poser B, et al. Diagnóstico laboratorial da infecção pela Chlamydia trachomatis: vantagens e desvantagens das técnicas. J Bras Patol Med laborat 2002; 38(2):125-33.
Coleta:
* Realizado em urina, esperma, secreções: endocervical, vaginal, uretral e ocular.
* Utilizar o Kit de Coleta Multi-Collect – Abbott para o procedimento abaixo:
Coleta de urina para homens e mulheres:
1. Coletar em frasco estéril os primeiros 20 a 30 mL do jato de urina (a primeira parte do fluxo).
2. Abrir o tubo de transporte, cuidando para não derramar o tampão de transporte.
3. Manusear a tampa e o tubo com cuidado para evitar a contaminação.
4. Utilizar a pipeta plástica para transferir urina do frasco de coleta para o tubo de transporte até que o nível do líquido no tubo apareça na janela de enchimento do rótulo do tubo de transporte, caso contrário, nova amostra deve ser coletada. Não coloque em excesso.
5. Recolocar a tampa no tubo cuidadosamente. Certificar-se de que está tampado hermeticamente.
6. Identificar o tubo de transporte com informações de identificação da amostra, incluindo a data de coleta. Tomar cuidado para não obscurecer a janela de enchimento no tubo de transporte.
* O paciente não deve ter urinado por, pelo menos, uma hora antes da coleta da amostra.
*Coleta com swab em mulheres
– Vaginal
1. Inserir a ponta branca do swab cerca de duas polegadas (5cm) dentro da abertura da vagina.
2. Girar delicadamente o swab por 15 a 30 segundos contra as paredes da vagina.
3. Retirar o swab cuidadosamente.
– Endocervical
1. Inserir a ponta branca do swab dentro do canal endocervical.
2. Gire delicadamente o swab por 15 a 30 segundos.
3. Retirar o swab cuidadosamente.
– Vaginal e Endocervical
4. Manusear a tampa e o tubo cuidadosamente para evitar a contaminação.
5. Retirar a tampa do tubo de transporte e imediatamente colocar o swab de dentro do tubo de transporte de forma que a ponta branca fique para baixo.
6. Quebrar o swab na linha do sulco da haste. Ter cuidado para não derramar o conteúdo.
7. Recolocar a tampa no tubo de transporte. Certificar-se de que está tampado hermeticamente.
8. Rotular o tubo de transporte com as informações de identificação da amostra, incluindo a data de coleta.
* Coleta com swab em homens
– Coleta Uretral
1. Inserir a ponta branca do swab de coleta de espécime 2 a 4 cm dentro da uretra.
2. Girar delicadamente o swab por 2 a 3 segundos.
3. Retirar o swab cuidadosamente.
4. Manusear a tampa e o tubo cuidadosamente para evitar a contaminação.
5. Retirar a tampa do tubo de transporte e imediatamente colocar o swab dentro do tubo de transporte de forma que a ponta branca fique para baixo.
6. Quebrar o swab na linha do sulco da haste; ter cuidado para não derramar o conteúdo.
7. Recolocar a tampa no tubo de transporte. Certifique-se de que está tampado hermeticamente.
8. Rotular o tubo de transporte com as informações de identificação da amostra, incluindo a data de coleta.