Material: soro
Preparo: Jejum não necessário.
Interpretação:
A ceruloplasmina é uma glicoproteína produzida o fígado com atividades enzimáticas que contém 90% do cobre sérico total, apresentando comportamento de proteína de fase aguda tardia. Sua principal aplicação é no diagnóstico da doença de Wilson (degeneração hepatolenticular), doença autossômica recessiva que cursa com ceruloplasmina plasmática reduzida e cobre não ligado e urinário aumentado. Embora a causa exata da doença de Wilson não seja conhecida, especula*se a ausência de uma enzima ou proteína carreadora capaz de incorporar o cobre nas proteínas. O cobre é, então, depositado nos rins, fígado e cérebro. A menos que se institua tratamento quelante, a doença é progressiva e fatal.
Sinônimos: Cobre*oxidase, ferro*oxidase
Indicações: diagnóstico de doença de Wilson; avaliação da síndrome de Menkes; avaliação de hepatite crônica ativa, cirrose e outras doenças hepáticas.
Interpretação clínica: Valores aumentados: doenças inflamatórias e neoplásicas (a ceruloplasmina é uma proteína de fase aguda lenta), gravidez, uso de estrogênios e intoxicação com cobre.
Valores diminuídos: doença de Wilson, síndrome de Menkes, síndrome nefrótica, má nutrição, estados malabsortivos, doença hepática avançada.
Sugestão de leitura complementar:
Chappuis P, Bost M, Misrahi M, et al. Wilson disease: clinical and biological aspects. Ann Biol Clin (Paris) 2005; 63(5):457*66.
Prista J, Uvs AS. A utilização de indicadores biológicos em Saúde Ocupacional. Rev Port Saude Publ 2006;6:45*54.
Coleta: Coletar amostra em tubo gel; Aguardar 30 min para retração do coagulo; Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min; Não retirar a tampa do tubo, e não realizar aliquota; Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.