Material: Escarro

Preparo: * Urina – Realizar previamente a higiene genital;
* Fezes – Entregar coletor tipo universal e transferir para o meio de transporte Cary blair.
* Líquidos Nobres – Encaminhar em tubo falcon ou tubo de transporte
*Tecidos e Biópias – Enviar todo o volume coletado em frasco estéril em solução salina.
*Aspirado gástrico e secreção gástrica – Frasco estéril.
*Materiais de trato respiratório (escarro, secreção traqueal, secreção brônquica, lavado brônquico): Frasco estéril.
*Medula Óssea: Enviar no meio de cultura BACTEC Myco/F.

Interpretação:

diagnóstico de processos infecciosos causados por micobactérias.
As infecções causadas por micobactérias têm aumentado sua incidência devido ao aumento no número de casos de imunodeficiência e ao desenvolvimento de resistência aos quimioterápicos observado na atualidade. Processos patológicos causados por estes microorganismos são de difícil diagnóstico, devido à característica crônica e inespecífica do processo e à dificuldade de isolamento do germe nos locais afetados. Micobactérias são microorganismos exigentes, e seu cultivo demanda muitos cuidados, que oneram seu custo e condicionam a culturas geralmente muito demoradas. Contudo, a cultura para BAAR oferece sensibilidade adicional à abordagem diagnóstica, além de servir como subsídio epidemiológico. Clinicamente, a opção de pesquisa de micobactérias por PCR melhorou a capacidade do laboratório em responder com boa sensibilidade e maior rapidez à necessidade diagnóstica. Os materiais empregados podem ser variados, desde escarro, sangue, urina, biópsia, etc.

Indicações: Diagnóstico de processos infecciosos causados por micobactérias.

Interpretação clínica: A cultura apresenta alta especificidade e alta sensibilidade, de 80-85%, no diagnóstico das infecções causadas por micobactérias.

Sugestão de leitura complementar:
Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose e outras bactérias. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 2008. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_laboratorial_tuberculose.pdf, consulta em 29 de novembro de 2015.

Coleta: Urina – Após realizar higiene genital, desprezar o primeiro jato e colher todo volume da primeira urina da manhã, enviar uma alíquota em frasco estéril de 50 mL (volume mínimo 5,0 mL).
*Fezes – Coletar as fezes de qualquer evacuação no pote do laboratório ou coletor tipo universal e transferir para o meio de transporte Cary blair.
* Líquidos Nobres – Enviar de 5,0 a 10,0 mL, preferencialmente em tubo Falcon para evitar derramamento durante o transporte.
* Tecidos e Biópias – Enviar todo o volume coletado em frasco estéril em solução salina.
* Aspirado gástrico e secreção gástrica – Enviar de 5,0 a 10,0 mL, em frasco estéril.
* Materiais de trato respiratório (escarro, secreção traqueal, secreção brônquica, lavado brônquico): Enviar de 5,0 a 10,0 mL, em frasco estéril.
* Medula Óssea: Enviar no meio de cultura BACTEC Myco/F.